Ando a “magicar” este post há algum tempo, mas por falta de tempo, coragem, ou qualquer outro motivo só agora é que decidi escreve-lo.
Algumas coisas que aconteceram, de uma forma directa ou indirecta, fizeram-me reflectir sobre o que vale a nossa vida e tudo o que nós não aproveitamos.Quando o Francisco Adam morreu, que tinha aproximadamente a minha idade, pensei:"bolas, porque teve que morrer daquela forma; deve ser tão complicado para os pais e o resto da familia; às vezes fazemos coisas tão estúpidas e nem pensamos nas consequências". Sem querer aprofundar as causas do acidente, ou seja se ele estava bebado, drogado ou as duas coisas...apenas fiquei chocada por ter sido alguém tão jovem.
Algum tempo depois (é algo bem mais recente) descobri que uma pessoa bem próxima está a atravessar uma fase muito dificil, em que a vida está presa por um fio. Foi a primeira vez que me defronto com situação destas e não sei o que fazer.
Sei que não me esquecerei da última frase que me disse: "vê lá se encontras um amor como este". Isto para mim tem um significado muito especial, além de ter vinda de uma pessoa que eu gosto mtuio, reflecte aquilo que anseio muito por encontrar e ter a certeza que realmente o encontrei.
(Como o Paulo Coelho escreveu num dos seus livros, isto será o encontro com a "outra parte", que é a aquela pessoa que nos completa inteiramente).
Qualquer um está sujeito a passar por esta situação e leva-nos a pensar por tudo aquilo em tudo o que passamos, o que fizemos, o que vivemos e também no que podiamos ter feito, no que errámos e nas pessoas que nós magoamos.
Olho para trás e vejo que podia ter aproveitado muito melhor algumas oportunidades que tive, os amigos que fui perdendo ao longo dos anos, os momentos que não quis viver por medo.
Sei que ainda tenho tempo para viver tudo aquilo que deixei de fazer, e quero muito conseguir fazê-lo ao lado dos meus amigos, poucos mas mmuuuuuuuuiiiiiiitoooo bons.
Dos amigos que conheço há mais tempo, cada um tem a sua vida, apesar de quase todos estarmos a estudar, cada um seguiu o seu curso, a sua faculdade, a sua cidade, arranjou novos amigos e novos habitos. Os melhores ficaram, os outros passaram a ser conhecidos. Não os critico porque aconteceu-me exactamente o mesmo.
Com mais "recentes" já partilhei com eles alguns dos momentos mais importantes da minha vida, por vezes existe uma cumplicidade diferente, mas tenho receio do fim do que serviu como ponte para o inicio da amizade, nem quero pensar nisso agora.
Acabei de descobrir o meu maior desejo!!!
É quando for muito velhinha, recordar-me destes tempos e pensar como foram boas as minhas experiências, as gargalhadas partilhadas com aquela pessoa especial que ainda permanece ao meu lado (tenho a certeza que quando encontrar o verdadeiro amor, ele durará até ser velhinha!). E saber que aproveitei bem a vida.
Acho que o lema "viver cada dia como se fosse o último" devia de ser adoptado por todos nós, de forma a aproveitarmos a vida com tudo de bom que ela tem para nos dar, em vez de perdemos tempo com tristezas e lágrimas de mágoa.
P.S.: Há algum tempo referi que não sabia o que fazer...se ficaria parada à espera ou se lutava pelo o que queria, neste momento sinto que perdi uma "luta" muito importante, apesar de ter lutado "à minha maneira" pelo que queria, e que estou prestes a perder outra. Exitem coisas que não adianta apenas sermos nós a quere-las.
Tenho que agradader às pessoas que ando a melgar, mas que são o meu pilar para ter esperança que melhores dias virão e que hei-de conseguir ser mais teimosa que o meu (natural) pessimismo.
