Mas que sei eu
Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito súbdito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha
Ruy Belo
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito súbdito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha
Ruy Belo
O "Turistar" faz 1 ano...
:)
Há bolo! Aparece...
Posted by
O Turista |
terça-feira, 06 setembro, 2005
Bonito este poema outonal. Gosto do Outono, no cair das suas folhas, no mesclado que empresta a todo o ar, mas não gosto desta estação porque me faz lembrar o frio do Inverno.Contradições minhas!
Posted by
Isa Maria |
terça-feira, 13 setembro, 2005
adorei a parte do "súbito súbdito", as palavras à 1º vista parecem similares mas não sao...
Posted by
Anónimo |
quarta-feira, 14 setembro, 2005