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Mas que sei eu

Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?

Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono

Nenhum súbito súbdito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha

qualquer. Mas eu que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha


Ruy Belo

O "Turistar" faz 1 ano...
:)
Há bolo! Aparece...

Bonito este poema outonal. Gosto do Outono, no cair das suas folhas, no mesclado que empresta a todo o ar, mas não gosto desta estação porque me faz lembrar o frio do Inverno.Contradições minhas!

adorei a parte do "súbito súbdito", as palavras à 1º vista parecem similares mas não sao...

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